No curso de sumi-ê (pintura japonesa), ministrado pelo José Bueno em BH, o sensei lançou mão de uma bela metáfora para ilustrar o nosso percurso por esta existência. É a metáfora do rio. Podemos nos entender como um rio, com seus afluentes, serpenteando vale abaixo, incansável na busca do mar. Creio que a nossa prática no Aikidô também pode ser ilustrada assim. Influências, estilos, técnicas, tudo isso no final das contas deve se dissolver no oceano do Aiki. O que importa realmente é o sentimento com o qual praticamos o caminho da harmonia com o Ki universal, o sentimento de compaixão e equanimidade. Pode parecer piegas e talvez um tanto esotérico, mas quando percebemos que esta é a essência do Aikidô , nos unimos com o todo, e fluímos para um lugar onde não há espaço para a dualidade e seus frutos como a divergência, o pensamento egóico e a competição. E, nas palavras do Koichi Tohei Sensei , aparece em nós a sensação de amor e proteção por tudo e todos.