quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Gostaria de desejar a todos boas festas e um ótimo 2013.
Aproveito para informar que o dojô Amae mudou-se para a Escola da Serra (no final da rua do Ouro, número 1900). É que a Fundação Amae vendeu aquela maravilhosa casinha que infelizmente vai se transformar em mais um prédio. É uma pena, mas gostaria de publicamente agradecer aos 4 anos de parceria com a Fundação Amae, 4 anos de uma relação de apreço, respeito e amizade.
Sobre nossas novas instalações só tenho a dizer coisas boas. A Escola da Serra tem um ótimo espaço no auditório para os tatames, além de uma quadra coberta perfeita par aulas de espada e bastão.
Como estamos em recesso pelo final do ano e de férias em janeiro, retomaremos as aulas no começo de fevereiro.
Um grande abraço!
Edival

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Seminário de Ki Aikidô 2012 - Koichi Kashiwaya Sensei

Pessoal, repassando o post no blog http://kiaikidocuritiba.blogspot.com.br/


"Olá amigos e alunos, Temos o prazer de convidá-los a participar da vinda no Brasil de Koichi Kashiwaya Shihan, 8º Dan Shinshin Toitsu Aikido. Em Curitiba, teremos um Seminário de Shinshin Toitsu Aikido (dias 24 e 25/11), aulas para instrutores de Shinshin Toitsu Aikido (dias 26, 27 e 28/11) e dois workshops de Takegiri (dia 01/12 para praticantes de artes marciais, dia 02/12 para um público aberto). Agende-se! VAGAS LIMITADAS Valores: Seminário de Shinshin Toitsu Aikido (dias 24 e 25/11): R$ 140,00 (instrutores acompanhados de 4 alunos ou mais estão isentos) Aulas para instrutores de Shinshin Toitsu Aikido (dias 26, 27 e 28/11): R$ 140,00 Workshop de Takegiri (dia 01/12  ou dia 02/12): R$ 140,00 (por dia) Pacote Seminário de Shinshin Toitsu Aikido + Workshop de Takigiri (1 dia ): R$ 240,00 (para praticantes de Shinshin Toitsu Aikido : R$ 180,00). Local: Rua Nilo Peçanha, 2511 - Sala 9, 1º andar São Lourenço - Curitiba - PR Mais informações por email: kiaikido2012@gmail.com Ou acesse a página no Facebook: http://pt-br.facebook.com/koichikashiwaya2012 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A essência do Aikidô

Achei este artigo em outro blog, mas vale a pena ser compartilhado e lido:

Fonte: http://www.myzentado.com/2011/06/resolucao-de-conflitos-o-aikido-na.html


Resolução de Conflitos: O Aikido na Prática

Por Terry Dobson

O trem atravessava sacolejando os subúrbios de Tóquio numa tarde de primavera. Nosso vagão estava comparativamente vazio: apenas algumas donas de casa com seus filhos e uns velhos indo fazer compras. Eu olhava distraído pela janela a monotonia das casas sempre iguais e das sebes cobertas de poeira.

Chegando a uma estação, as portas se abriram e, de repente, a quietude da tarde foi rompida por um homem que entrou cambaleando no nosso vagão, gritando com violência imprecações incompreensíveis. Era um homem forte, encorpado, com roupas de operário. Estava bêbado e imundo. Aos berros, esbofeteou uma mulher que carregava um bebezinho. A força do tapa fez com que ela fosse cair no colo de um casal idoso. Só por um milagre nada aconteceu ao bebê.

Aterrorizado, o casal deu um pulo e fugiu correndo para a outra extremidade do vagão. O operário tentou ainda dar um pontapé na velha, mas errou a mira e ela conseguiu escapar. Isso o deixou em tal estado de fúria que agarrou a haste de metal no meio do vagão e tentou arrancá-la do balaústre. Pude ver que uma das suas mãos estava ferida e sangrava. O trem seguiu em frente, com os passageiros paralisados de medo. Eu me levantei.

Na época, cerca de vinte anos atrás, eu era jovem e estava em excelente forma física. Vinha treinando oito horas de Aikidô quase todos os dias há quase três anos. Gostava de lutar corpo a corpo e me considerava bom de briga. O problema é que minhas habilidades marciais nunca haviam sido testadas em um combate de verdade. Nós, alunos de Aikido somos proibidos de lutar.

"Aikido", - meu mestre não cansava de repetir, "é a arte da reconciliação. Aquele cuja mente deseja brigar perdeu o elo com o Universo. Se tentarem dominar as pessoas, estarão derrotados de antemão. Nós estudamos como resolver conflitos, não como iniciá-los."

Eu ouvia essas palavras e me esforçava. Chegava a atravessar a rua para evitar os arruaceiros, os pungas dos videogames que costumam vadiar perto das estações de trem. Ficava exaltado com minha própria tolerância e me considerava um valentão reverente, piedoso mesmo. No fundo do coração, porém, desejava uma oportunidade absolutamente legítima em que pudesse salvar os inocentes destruindo os culpados.

- Chegou o dia! - pensei comigo mesmo enquanto me levantava. Há pessoas correndo perigo e se eu não fizer alguma coisa é bem possível que elas acabem se ferindo.

Quando me viu levantando, o bêbado percebeu a chance de canalizar a sua ira.

- Ah! - rugiu ele. ­ Um estrangeiro! Você está precisando de uma lição em boas maneiras japonesas!

Eu estava de pé, segurando de leve nas alças presas ao teto do vagão, e lancei-lhe um olhar de nojo e desprezo. Pretendia acabar com a sua raça, mas precisava esperar que ele me agredisse primeiro. Queria que ficasse com raiva, por isso curvei os lábios e mandei-lhe um beijo insolente.

- Agora chega! ­ gritou ele. ­ Você vai levar uma lição. ­ E se preparou para me atacar.

Mas uma fração de segundo antes que ele pudesse se mexer, alguém deu um berro:

- Ei!

Foi um grito estridente, mas lembro-me que tinha um estranho timbre, jubiloso e cadenciado, como quando estamos procurando alguma coisa junto com um amigo e ele subitamente a encontra: "Ei!"

Virei para a esquerda, o bêbado para a direita. Nós dois olhamos para um velhinho japonês que estava sentado em um dos bancos. Esse minúsculo senhor devia ter bem mais de setenta anos, e vestia um quimono impecável. Não me deu a menor atenção, mas sorriu com alegria para o operário, como se tivesse um importantíssimo e delicioso segredo para lhe contar.

- Venha aqui ­ disse o velhinho num tom coloquial e amistoso. ­ Vem aqui conversar comigo ­ insistiu, chamando-o com um aceno de mão.

O homenzarrão obedeceu, mas postou os pés beligerantemente diante dele e gritou por cima do barulho das rodas nos trilhos:

- Por que diabos vou conversar com você?

Ele agora estava de costas para mim. Se o seu cotovelo se movesse um milímetro que fosse eu o esmagaria. Mas o velhinho continuou sorrindo para o operário.

- O que você andou bebendo? ­ perguntou com os olhos brilhando de interesse.

- Saquê ­ rosnou de volta o operário ­ e não é da sua conta! ­ completou, lançando perdigotos no rosto do velho.

- Que ótimo ­ retrucou o velho. ­ Excelente mesmo. Eu também adoro saquê! Todas as noites, eu e minha esposa aquecemos uma garrafinha de saquê e vamos até o jardim nos sentar num velho banco de madeira. Ficamos olhando o pôr-do-sol e vendo como vai indo o nosso caquizeiro. Foi meu bisavô quem plantou essa árvore, e estávamos preocupados achando que ela não fosse se recuperar das tempestades de gelo do último inverno. Mas a nossa arvorezinha saiu-se melhor do que esperávamos, ainda mais se considerarmos a má qualidade do solo. É gratificante olhar para ela quando levamos uma garrafinha de saquê para apreciar o final da tarde, mesmo quando chove!

E olhava para o operário, seus olhos reluzentes. O rosto do operário, que se esforçava para acompanhar a conversa do velhinho, foi se abrandando e seus punhos pouco a pouco relaxando.

- É, é bom. Eu também gosto de caqui... ­ mas sua voz acabou num sumiço.

- São deliciosos ­ concordou o velho sorrindo. ­ E tenho certeza de que você também tem uma ótima esposa.

- Não ­ retrucou o operário. ­ Minha esposa morreu.

Suavemente, acompanhando o balanço do trem, aquele homenzarrão começou a chorar.

- Eu não tenho esposa, eu não tenho casa, eu não tenho emprego. Eu só tenho vergonha de mim mesmo.

Lágrimas escorriam pelo seu rosto; um frêmito de desespero percorreu-lhe o corpo.

Chegara a minha vez. Lá estava eu, com toda a minha imaculada inocência juvenil, com toda a minha vontade de tornar o mundo um lugar melhor para se viver, sentindo-me de repente mais sujo do que ele.

O trem chegou à minha estação. Enquanto as portas se abriam, ouvi o velho dizer solidariamente:

- Minha nossa, que desgraça. Sente-se aqui comigo e me diga o que houve.

Voltei-me para dar uma última olhada. O operário escarrapachara-se no banco, a cabeça no colo do velhinho, que afagava com ternura seus cabelos emaranhados e sebosos.

Enquanto o trem se afastava, sentei-me num banco da estação. O que eu pretendera resolver pela força fora alcançado com algumas palavras meigas. Eu acabara de presenciar o Aikido num combate de verdade, e a sua essência era o Amor. A partir de agora teria que praticar a arte com um espírito totalmente diferente. Muito tempo passaria antes que eu voltasse a falar sobre a resolução de conflitos.

Terry Dobson, o autor e protagonista desta história, foi um dos poucos ocidentais que foram uchi-deshi e aluno direto do fundador do Aikido, Morihei Ueshiba

terça-feira, 13 de março de 2012

Aikidô


Aikidô é uma arte originária do Japão que significa o caminho da harmonia com o universo. Fundada por Morihei Ueshiba Sensei, o Aikidô é o resultado de um amplo estudo, pesquisa e treinamento de diversas artes marciais japonesas originárias do Japão feudal, o contexto histórico em que surgiram os Samurais.

Embora a origem do Aikidô venha de um contexto de lutas e batalhas, o foco desta arte mudou com o passar do tempo. Hoje em dia quando usamos a espada, por exemplo, temos sim a referência da forma tal como ela era usada antigamente, mas, atualmente usamos a espada para perceber em nós mesmos os estados de dispersão, falta de tônus, desequilíbrio e muito mais. Praticamos a espada que cura, não a espada que mata. O inimigo não está fora, e sim em nós mesmos. A intenção é polir as arestas da mente e do corpo de maneira integral usando o Aikidô como instrumento para o autoconhecimento.

Os conceitos filosóficos desta antiga arte marcial, quando trabalhados com mente e corpo unificados, são interiorizados pelos praticantes e os levam a desenvolver qualidades que podem ser muito úteis em suas vidas.

A idéia básica do Aikidô é que se nos habituarmos a ficar presentes em nossos corpos, com uma boa postura, se nos movermos com leveza e precisão e expandirmos a nossa consciência estaremos acessando um estado interior de calma, equilíbrio e prontidão mudando positivamente a qualidade de nossas vidas.

Nas aulas teremos a oportunidade de exercitar técnicas que trabalham a unificação de mente e corpo com o objetivo de desenvolver a consciência da energia interior, o Ki, que também podemos chamar de energia universal.

Ki é uma energia que podemos canalizar em nossos corpos para ter mais vitalidade, saúde e eficiência em tudo o que fazemos. Ki é uma força que não é física nem mental, mas tem características de ambos. Aprender a coordenar mente e corpo e desenvolver o ki interior significa conhecer nossos estados físicos, emocionais e mentais e lidar com eles de uma maneira harmônica e equilibrada. Significa reconhecer cada ser vivo como parte de um todo e como tal merece ser respeitado e compreendido. Neste momento o Aikidô deixa de ser uma luta para vencer o outro e se transforma em um caminho (Dô) para viver em harmonia (Ai) com nós mesmos, os nossos semelhantes e tudo que nos cerca (Ki).


Nas fotos o Fundador Morihei Ueshiba Sensei

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

BEM-VINDOS


Olá pessoal! Este post é para desejar a todos um ótimo começo de ano e informar que já voltamos com as aulas regulares no dojô Amae (av. Bernardo Monteiro 861). Temos aulas às terças, quartas e quintas à noite (19h30), cedinho nas quartas e sextas (6h) e aos sábados também pela manhã (8h). As aulas para crianças são aos sábados às 10h. Para alunos novos que queiram conhecer o Aikidô é possível fazer uma aula experimental gratuita, qualquer dúvida me procurem pelo tel.: 9967-8647 (Edival). Espero que este ano seja pleno de realizações e que sigamos em paz e com saúde trilhando o Caminho da Harmonia com o Universo. Acima uma foto de Morihei Ueshiba Sensei, o fundador do Aikidô para nos inspirar. Um grande abraço e até mais!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ryotetori Koshinage

ryote tori koshi nage

Prática de meditação auxilia na prevenção da depressão

Na prática do Ki-Aikidô, fazemos a "Respiração de Ki" como nos foi proposto por Koichi Tohei Sensei.

Compartilho o artigo abaixo que apenas corrobora os benefícios da prática:



http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/de_bom_humor.html

Resultados de um experimento publicado em maio no periódico científico International Journal of Psychophysiology, por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Toho, no Japão, comprovam como a respiração consciente pode ajudar as pessoas a se sentir mais tranquilas e bem-dispostas. Para chegarem a essa conclusão, os cientistas ensinaram os participantes do estudo, todos eles saudáveis, a respirar profundamente com o abdômen. Depois de terem focado a atenção nesse movimento por 20 minutos, as pessoas foram entrevistadas e relataram diminuição de sensações negativas e melhora do humor. Exames de neuroimagem realizados antes e depois da prática mostraram por que sentiam isso: havia maior evidência de neurotransmissores serotoninérgicos no sangue e mais hemoglobinas oxigenadas no córtex pré-frontal, área associada à atenção e ao processamento de alta elaboração.

Outro estudo sobre os efeitos do controle da respiração, publicado na edição de abril da Cognitive Therapy and Research, se deteve nos sintomas da depressão. Pesquisadores da Universidade Ruhr- Bochum, na Alemanha, solicitaram aos voluntários do estudo, todos eles também saudáveis, que durante 18 minutos permanecessem atentos à entrada e saída do ar dos pulmões, procurando não deixar a mente se perder em divagações. Ao fim dos testes, os que foram capazes de manter contato consciente com sua respiração relataram diminuição de pensamentos negativos e de desvalorização de si mesmos, bem como maior controle das idéias insistentes e dos sintomas depressivos.

“Essas conclusões nos levam a considerar que o exercício de manter a consciência plena no aqui e agora por meio da respiração e da prática da meditação tem papel importante na prevenção da depressão”, diz o autor do estudo, o psicólogo Jan M. Burg. “Isso pode ajudar as pessoas a se distanciar de idéias insistentes, um importante fator de risco para depressão.”